Sempre se falou que nossa estrutura de Estado era grande e oportunista, pois o número de ministérios era moldado para contemplar todos os partidos da base do governo.
Sempre foi assim, mas nos três últimos governos o número cresceu ainda mais.
Agora, esse governo provisório por conta do afastamento da Presidente Dilma, onde inicialmente foi formado um governo com menos ministérios, atendendo à logica, mesmo que simbólica, de reduzir o gasto público, de se fazer um governo mais austero, com investimentos onde realmente seja mais urgente, ou seja, priorizando as áreas mais relevantes, resolve retroceder e manter o Ministério da Cultura.
Ora, outros ministérios também foram fundidos ou mesmo extintos, em nome da tal falada necessidade de redução de ministérios. Houve muita grita da classe artística. Engraçado não ter havido em relação a outras áreas, todas com alguma importância, obviamente que em diferentes graus de importância, mas ainda assim, relevantes.
A forma como a classe artística se manifestou só leva-me a pensar em duas opções: corporativismo ou egoísmo. A primeira, até certo ponto natural, a classe brigar por seu "espaço". Mas os vultosos recursos da famosa lei Rouanet, onde não são claros os critérios de designação dos benefícios e dos beneficiários, tornam essa autodefesa distorcida. A segunda, mostra um lado egocêntrico, onde a classe só olha para o próprio umbigo, que pouco se importa com a grave situação do País.
Enfim, para mim essa retrocedida é um retrocesso. Ponto negativo para o governo Temer.
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