Vão se aproximando a eleições e o Facebook vai se tornando um "horário eleitoral" compulsório e incômodo.
Diferente de uma conversa sobre ideias e programas, o que se vê é uma tempestade de acusações de lado a lado. Além da irritante tentativa de imposição das verdades.
Em política não existem mocinhos nem bandidos. Há até quem diga que só há bandidos, o que eu discordo, pois não se deve generalizar. Cabe a nós, eleitores, saber escolher. Mas será que vão nos deixar escolher?
Para se chegar ao poder, quem está na oposição é "pedra", e muitas vezes quer se transformar em arauto da moralidade. Acontece que, muitas vezes, o candidato, o partido, ou mesmo o simpatizante, fez ou faz tanto ou pior daquele ou daquilo que se está questionando.
E quem já está no Poder precisa entender que é "vidraça" sim. Que pode e deve mostrar o que fez, mas tem que estar ciente que receberá críticas e se tiver "mal feitos" terá de responder por eles. Candidatos, partidos e simpatizantes precisam entender isso.
O que me irrita é que tanto quem defende a situação, como quem defende a oposição, tenta passar seu entendimento como a verdade absoluta. São seguidores, muita vezes cegos e chatos. As pessoas precisam entender que nós, meros cidadãos não devemos seguir os partidos como se estivesse em um Pastoril, com um cordão azul e outro encarnado.
Há algum tempo deixei de ver as coisas desta forma. Procuro tentar entender as coisas de forma mais isenta e cidadã. Menos oportunista e interesseira. O que é certo é certo. O que é errado é errado. Seja de que lado for. E permito-me fazer as críticas e elogios para o que eu acho que os mereça, independente de partido ou linha política. E me sinto bem melhor assim.
Volto a dizer, quando vejo um discurso muito contundente e repetitivo defendendo ou atacando, já imagino o que está por trás dessa postura.
Mas a democracia está aí para isso. O bom debate, a boa conversa, enfim, uma discussão sadia, além de respeitosa. Coisa que não se vê nas redes sociais. E a tendência é piorar.