quarta-feira, 25 de junho de 2014

CORDÃO AZUL E CORDÃO ENCARNADO

Vão se aproximando a eleições e o Facebook vai se tornando um "horário eleitoral" compulsório e incômodo. 

Diferente de uma conversa sobre ideias e programas, o que se vê é uma tempestade de acusações de lado a lado. Além da irritante tentativa de imposição das verdades.

Em política não existem mocinhos nem bandidos. Há até quem diga que só há bandidos, o que eu discordo, pois não se deve generalizar. Cabe a nós, eleitores, saber escolher. Mas será que vão nos deixar escolher?

Para se chegar ao poder, quem está na oposição é "pedra", e muitas vezes quer se transformar em arauto da moralidade. Acontece que, muitas vezes, o candidato, o partido, ou mesmo o simpatizante, fez ou faz tanto ou pior daquele ou daquilo que se está questionando.

E quem já está no Poder precisa entender que é "vidraça" sim. Que pode e deve mostrar o que fez, mas tem que estar ciente que receberá críticas e se tiver "mal feitos" terá de responder por eles. Candidatos, partidos e simpatizantes precisam entender isso.

O que me irrita é que tanto quem defende a situação, como quem defende a oposição, tenta passar seu entendimento como a verdade absoluta. São seguidores, muita vezes cegos e chatos. As pessoas precisam entender que nós, meros cidadãos não devemos seguir os partidos como se estivesse em um Pastoril, com um cordão azul e outro encarnado. 



Há algum tempo deixei de ver as coisas desta forma. Procuro tentar entender as coisas de forma mais isenta e cidadã. Menos oportunista e interesseira. O que é certo é certo. O que é errado é errado. Seja de que lado for. E permito-me fazer as críticas e elogios para o que eu acho que os mereça, independente de partido ou linha política. E me sinto bem melhor assim.   

Volto a dizer, quando vejo um discurso muito contundente e repetitivo defendendo ou atacando, já imagino o que está por trás dessa postura.

Mas a democracia está aí para isso. O bom debate, a boa conversa, enfim, uma discussão sadia, além de respeitosa. Coisa que não se vê nas redes sociais. E a tendência é piorar.


domingo, 1 de junho de 2014

A COPA É DO MUNDO É "NOSSA" ???

Faltam 11 dias para a abertura da Copa do Mundo no Brasil.

E me preocupa muito o que pode acontecer até lá. Vai ser uma guerra. Mas não estou falando da violência das ruas, que espero que não ocorra, embora ache que vá ocorrer. Falo da guerra dos que são a favor versus os que são contra o evento.

Que as pessoas que são a favor não se manifestem com ufanismo (alguns realmente com interesse no sucesso da seleção visando o "ópio do povo"), pois além de ser um "saco", chamam-nos a todos de idiotas. Aliás, tentam fazer-nos de idiota.

Que as pessoas que são contra não "alimentem" o ódio, a violência e a desordem, que muitos estão "à espera" de quem os detone.

A Copa do Mundo é um evento esportivo. Obviamente que há interesses econômicos por trás de tudo. Saibamos ver esse evento, apenas como um evento.

A Copa do Mundo oportunizou uma série de safadezas País afora, com obras superfaturadas, roubos, escrotices mil.

A Copa do Mundo, por outro lado, vai mexer com a economia do País. Hotéis, restaurantes, pousadas, grandes e pequenos comerciantes irão ganhar com o evento.

A Copa do Mundo vai ser aproveitada política? vai. Principalmente se o Brasil ganhar. Infelizmente o nível de conscientização do brasileiro não vai além de alguns centímetros, impedindo-o de enxergar o que é, ou não manipulação.

O "lado escuro da força", muitas vezes me levou a pensar em desprezar o evento, usar minha capacidade de discernir as coisas e não me empolgar com o evento. Mas como fazer isso sem deixar de estar, por exemplo, "cortando o barato" de minha filha de oito anos que me pede para comprar enfeites nas cores do Brasil.

Além disso eu, assim como boa parte dos brasileiros, gosta de esportes, notadamente o futebol.

Saibamos não confundir alhos com bugalhos.

Respeito quem é contra e quem é a favor. Eu vou torcer pela Seleção Brasileira, pois ela representa meu País. Repito, sem ufanismos.

Meu protesto, meus questionamentos, minha cidadania e "brasileirismo" irei exercer nas eleições. Fazendo as minhas escolhas fazendo toda uma análise de cada um dos candidatos que pretendo votar para cada um dos cargos que estarão sendo disputados.

E que a COPA DO MUNDO SEJA NOSSA!!!

terça-feira, 20 de maio de 2014

NOSSA SOCIEDADE É HIPÓCRITA

Semana passada, aqui em Pernambuco, mais precisamente na Região Metropolitana do Recife, durante a greve da Polícia Militar, ocorreu uma série de saques em lojas e supermercados. Cenas lamentáveis, que nos deixaram consternados, revoltados e, como não dizer, envergonhados.

Protestos e questionamentos em relação às pessoas que, num "momento de fraqueza" ou "como todo mundo estava fazendo, também fiz", ocorreram em todas as redes sociais. Muitos, inclusive eu, exigindo a punição exemplar, mesmo para aqueles que, dias depois, devolveram os produtos tomados de "empréstimo" compulsoriamente. Em relação às pessoas que cometeram esses delitos foram feitas análises psicológicas, sociológicas, antropológicas e tantas outras LÓGICAS do comportamento humano. Beleza. Que bom que a sociedade se revolta contra situações como as vividas na semana passada.

Mas fica a pergunta: não somos todos HIPÓCRITAS?
Fonte: gazetaesportiva.net

Quantos de nós não "saqueia", de alguma forma, em nossa vida cotidiana? alguns dias depois desses problemas que ocorreram, num grupo do WhatsApp uma pessoa estava oferecendo carregamento de celular "sem custo". Isso não é uma forma de "saque"?

Ano passado, quando surgiram os protestos com objetivos específicos e legítimos, mas que com o passar do tempo se tornaram violência gratuita e orquestrada, contra o patrimônio público e privado, eu já trazia esse assunto à baila. Muitos de nós, na rotina diária, cometemos pequenos delitos. Pequenos, mas ainda assim delitos. Ou, se não atos ilegais, mas ilegítimos. Vou citar alguns:


  • Dar "toco" a um agente de trânsito ou outro agente público;
  • Furar fila;
  • Ocupar uma vaga de idosos ou deficientes em estacionamento ("é só um instantinho");
  • Falsificar documentos (carteira de estudante, certidão, etc)
  • Fazer fila dupla, ou tripla, na frente de uma escola;
  • Utilizar a amizade para conseguir algo ilícito ou que demoraria muito, em alguma instituição;
  • Colocar crédito sem pagar por esse crédito;
  • "Desviar" o sinal de tv por assinatura;
  • Usar atestado médico falso;
  • Passar cartão de ponto de colega de trabalho;
  • Comprar recibo para abater imposto de renda;
  • Comprar produtos piratas;
  • Receber troco a mais e não devolver;
  • etc

E tantos outros que não me lembrei agora. Portanto, façamos a tal "reflexão" e deixemos de ser HIPÓCRITAS!!!

Não somos perfeitos, é verdade. Mas, vamos, pelo menos, tentar ser.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

UM PASSO PARA TRÁS... UM PULO PARA FRENTE!!!

Um passo para trás, para dar um pulo para frente.

Quem nunca ouviu essa frase de efeito? Pois é. Muitas vezes, de forma consciente, damos "um passo para trás", ou seja, recuamos ou estabelecemos uma posição de conforto para, talvez mais fortalecidos, buscarmos algo maior. Isso vale para situações pessoais, profissionais, desportivas, enfim, para todas as situações da nossa vida.

Mas, e quando esse recuo não é consciente? Muitas vezes nossos problemas são maximizados artificialmente. São exacerbados de tal forma, que, na prática, terminam por piorarem, realmente. Nos flagelamos tanto que o mundo termina "conspirando" contra nós. Ou, pelo menos é o que terminamos achando. E aí, como uma bola de neve, os problemas terminam por nos fazer dar, não somente um passo, mas vários, no sentido oposto ao que realmente devemos seguir, ou que planejamos traçar.

Há dois caminhos para se modificar essa "marcha à ré". Um, é entender que nossos problemas não são únicos. Que se olharmos ao redor veremos o quão pequenos nossos próprios dilemas são, em relação ao verdadeiro flagelo que pessoas, comunidades ou populações inteiras passam. Óbvio que a dor dói mais em quem a sente, mas se pararmos de olhar para o próprio umbigo, veremos que nossos problemas podem ser resolvidos se buscarmos a calma necessária para solucioná-los. Lembrando que para isso, um bom planejamento de vida pode ajudar consideravelmente.

O outro caminho, quando é possível, é contar com almas caridosas que, nos nossos momentos de fraqueza, podem nos ajudar, não com uma crítica, desnecessária e delével. Mas um apoio, uma manifestação de carinho e compreensão que podem nos fortalecer para enfrentarmos nossos problemas. Para isso, faz-se necessário que nos dispamos de vaidades e procuremos as pessoas corretas para obter essa ajuda. Porém, vale salientar, que somente nós próprios é que iremos resolver esses problemas. E, devemos nos lembrar também, de que, por vezes, esse papel de "anjo da guarda" pode ser executado por nós, em relação à outras pessoas.

Portanto, devemos potencializar as coisas boas e minimizar os problemas, ou reduzi-los ao seu tamanho real. "Arregaçar as mangas" e lutar para ser feliz.


domingo, 9 de março de 2014

ODE AO MAL GOSTO E À MEDIOCRIDADE !!!

Hoje, por descuido, deixei a televisão ligada num programa da TV aberta. E o "assunto relevante" era a importância de uma música chamada LEPO, LEPO, LEPO. Acho que é esse o título.

Vivemos num país, teoricamente democrático, onde o direito de gostar e curtir o quer que seja, deve ser respeitado. Digo teoricamente, pois não é o que se vê. Não se dá o mesmo espaço na televisão, rádio, enfim, na mídia, a todas as manifestações artísticas. Dia desses li um texto no facebook, que acredito ser autêntico, de Guilherme Arantes falando sobre a falta de espaços na mídia. Falava disso, referindo-se a vários artistas que não têm oportunidade de mostrar seus trabalhos. E pasmem, o citado artista também anunciou que seu disco mais recente estava em primeiro lugar em vendagem. Ainda tenho esperanças !!! 

Enquanto isso somos obrigados a ouvir (e para quem tem um pouco de senso crítico, entender que há uma manipulação por trás de tanta exposição) lepo, lepo, lepo.

Só a título de curiosidade fui buscar a letra da música:


Ah, eu já não sei o que fazer
Duro pé-rapado, com salario atrasado
(ahh, eu não tenho mais por onde correr)
Já fui despejado, o banco levou o meu carro



Agora vou conversar com ela
Será que ela vai me querer?
Agora vou saber a verdade
Se é dinheiro ou amor
(ou cumplicidade)



(Refrão)
Eu não tenho carro
Não tenho teto
E se ficar comigo é porque gosta
do meu
rá rá rá rá rá rá rá
Lepo Lepo
É tão gostoso quando eu
Rá rá rá rá rá rá rá
O Lepo Lepo


Incrível, né? Isso porque eu não quis colocar o vídeo, com a coreografia "inocente" que nossas crianças assistem, gostam e repetem.

Lamentável.

sábado, 1 de março de 2014

DE QUEM É A CULPA DA VIOLÊNCIA DAS TORCIDAS ORGANIZADAS???

Crédito da foto: NE 10
Num recente jogo, onde a torcida "não organizada" vaiou uma "torcida organizada" do Sport, talvez tenha sido o pontapé inicial para convencer os dirigentes de clubes sobre a responsabilidade que eles têm com as ações de violência causadas pelas torcidas organizadas com histórico de violência, dentro e fora dos estádios de futebol.

Algumas ações vêm ocorrendo, de forma pontual, mas com eficácia questionável. Proibição de usarem camisas, proibição de entrada de torcidas organizadas em estádios, nada disso tem servido ao propósito de reduzir a violência.

Respondendo à pergunta do título, digo, sem ter a menor dúvida, que a culpa é dos dirigentes dos próprios clubes. Além de um melhor enquadramento pela justiça, de uma melhor ação do Estado, através de órgãos como Polícia e Ministério Público, esses dirigentes têm que ser RESPONSABILIZADOS administrativamente, na esfera esportiva e até mesmo na justiça comum, por tudo de ruim, por toda a violência, por todo dano ao patrimônio, público e privado, causados por essas torcidas organizadas.

Os clubes, com a omissão, ou mesmo com a conivência de seus dirigentes, permitem que os membros dessas torcidas tenham um tratamento diferenciado dos demais torcedores. Muitos não são sócios, não contribuem financeiramente, mas têm acesso às dependências dos clubes; as torcidas têm salas disponibilizadas, inicialmente para depósito de bandeiras e instrumentos, mas que na verdade, segundo muitos, servem para guarda de armas e drogas que serão utilizadas durante os jogos. Essas torcidas recebem ingressos dos dirigentes dos clubes, passagens para jogos fora, e a resposta que dão é violência, envergonhando o Clube e o estado de Pernambuco.

Antigamente se ia a um jogo fora de casa, em outras cidades ou estados e se fazia uma bonita festa, havia harmonia e integração com as torcidas locais. Hoje, em determinados jogos fora de casa, é um grande risco ir aos estádios, por conta da imagem que as torcidas organizadas deixam. Os torcedores nesses locais terminam generalizando a antipatia por toda uma torcida e não apenas contra os representantes de torcidas organizadas. Jogos em Recife, nem se fala. Todos sabem o que representam para os torcedores "normais" e até mesmo para quem nem vai aos jogos, os dias em que essas torcidas estarão "atuando".

E qual a causa desse apoio de dirigentes a essas torcidas organizadas? VOTOS. Votos que decidem uma eleição. São massa de manobra para vencer de forma, às vezes fraudulenta, eleições de um clube. Mesmo que esses torcedores causem prejuízos financeiros, depredem o patrimônio, agridam torcedores, adversários ou não, atentem contra a imagem do clube, e ainda tenham seus "líderes" enricando, pois são marcas que vendem muitos produtos utilizando-se da marca do clube. Os dirigentes nada fazem. Se omitem. São coniventes. Por isso mesmo, como disse anteriormente, deveriam ser RESPONSABILIZADOS.


Crédito da foto: DIÁRIO DE PERNAMBUCO
Se não dessem guarida aos que atentam contra as finanças, segurança e imagem do clube, eles não teriam tanta força. Não teriam tanto poder de "convencimento". Não teriam tanto poder de mobilização.

Alguns dizem que sem as torcidas organizadas a festa nos jogos não seria bonita. Ou os estádios não estariam cheios. Antes dessas torcidas violenta, os estádios eram sim cheios. Tinha festa do mesmo jeito. Mas sem essa violência gratuita e patrocinada pelos clubes.

Se uma manifestação, como a vaia de uma torcida contra parte da sua própria torcida, não servir para alertar as autoridades, as consequências podem ser catastróficas. Se essa manifestação não for bem entendida, ou simplesmente ignorada, só vai aumentar a violência. Os marginais das torcidas organizadas irão ver nos torcedores "normais", seus opositores. E como opositores poderão ser tratados como INIMIGOS. E todos sabem como são tratados os inimigos dos mesmos.

E a culpa será toda dos dirigentes.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

BANDEIRANTES X GLOBO

Agora há pouco, no Fantástico, da Rede Globo, teve uma reportagem sobre "Justiça com as próprias mãos".

Tema polêmico, com opiniões distintas. Uns defendem a justiça com as próprias mãos, alegando ausência do poder público, como motivo principal. Quem é contra, alega que não se pode fazer isso, pois não se sabe as consequências, além de ser um crime da mesma forma.

Mas como eu gosto de ler nas "entrelinhas" ficou claro pra mim a disputa de espaço na mídia, entre Globo e Bandeirantes. Ao meu ver a primeira bastante incomodada com a repercussão que a competente e polêmica jornalista Rachel Sheherazade, da Bandeirantes, teve ao defender a ação de um grupo de justiceiros que vem desenvolvendo prisões de criminosos no Rio de Janeiro.

Não estou aqui para ser contra ou a favor. O problema que eu vi nessa reportagem foi o "pano de fundo" da mesma. Apenas uma briga por audiência.