quarta-feira, 26 de junho de 2013

CORRUPÇÃO É CRIME HEDIONDO !!!

Ou pelo menos vai ser. O Senado acaba de aprovar o projeto que torna crime hediondo a corrupção, seja ativa ou passiva. O projeto segue para a Câmara e posteriormente para sanção da Presidente. Se não surgir alguma "surpresa" na votação pelos Deputados o projeto deverá se tornar lei, pois a Presidente deverá sancioná-lo, uma vez que atende a um dos seus "pactos" propostos.

Muito bom. Mais um dos temas das "ruas" que se torna concreto. Mas o que é corrupção?

Segundo definição do Wikipédia: "Corrupção é o ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde favorece uma pessoa e prejudica outra".

E são só os políticos (sem generalizar) que são corruptos? Não. A sociedade é corrupta. Faz-se necessário uma reflexão sobre tudo o que fazemos. Fiz uma "listinha" de ações "inocentes" que são também CORRUPÇÃO:


  • Dar propina para agente de trânsito ou outro agente público
  • Falsificar documentos (carteira de estudante, certidão, carteira de motorista)
  • Usar atestado médico falso
  • Passar cartão de ponto de colega no trabalho
  • Comprar recibo para abater no imposto de renda
  • Comprar produtos piratas
  • Usar amizades para resolver problemas em órgãos públicos, passando à frente de outras pessoas
  • Receber troco a mais e não devolver
  • Se utilizar de advogado influente para ganhar uma ação subornando um juiz
  • Apropriar-se de sinal de tv fechada sem ter feito assinatura
Pois é. Não existe corrupção pequena ou corrupção grande. Corrupção é corrupção!!!

terça-feira, 25 de junho de 2013

SE CORRER O BICHO PEGA. SE FICAR ...

Pois é! Enfim, a Presidenta se posicionou aos movimentos das ruas. Mas acho que a dose do remédio foi fraca.

Foram cinco "pilares" ou como nossa Presindeta disse, pactos. Reforma Política, Responsabilidade Fiscal,  Saúde, Educação, e Mobilidade. Ao contrário de alguns críticos não achei errado a Presidenta "dividir" a responsabilidade com o Congresso. Os questionamentos, no meu entender, são à classe política como um todo e não apenas ao atual governo, como aliás, tem sido o discurso de partidos que hoje estão na oposição.

Porém, voltando à "posologia" do remédio, faltou algo mais concreto da parte do Governo Federal. Fora a área de Mobilidade,mas vou dar meu "pitaco". E cito apenas uma ação em cada uma das áreas anunciadas.

Para a questão da REFORMA POLÍTICA, talvez a área onde as ações tenham sido mais relevantes, embora haja questionamento quanto à legalidade de uma Constituinte para um assunto específico. Acho que faltou uma "chutada de balde". Demitiria todo o ministério, escolhendo nomes segundo a capacidade e não apenas ao "apoio" político que ela detém. Os partidos poderiam até indicar, mas dentro de critérios pré-definidos e a decisão final cabendo exclusivamente à Presidência. E poderiam ser adotados critérios de análise de desempenho, dentre outros. Além disso, "orientar" as lideranças partidárias para dar celeridade ao processo de Reforma.

Aproveitando a deixa da reforma do ministério, dentro da RESPONSABILIDADE FISCAL, diminuiria a quantidade de ministérios, reduzindo o gasto com a "máquina", como sabemos um dos grandes vilões nos gastos públicos, o que traz uma série de consequências. E cada ministério teria que estabelecer metas de redução de gastos de custeio.

Nas áreas de SAÚDE e EDUCAÇÃO, não tem jeito. Faz-se necessário uma revisão do Pacto Federativo. Hoje, estados e municípios, notadamente os mais pobres, são "barcos sem leme em meio a um rio com correntezas", ou seja, são completamente reféns da política fiscal definida pelo Governo Federal. Por exemplo, quando este faz desonerações fiscais de um determinado segmento, esses estados e municípios têm seus FPE´s e FPM´s reduzidos, dificultando o planejamento e criando dificuldades legais, por exemplo em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe limites de gastos percentuais.

E finalmente em relação à MOBILIDADE, faz-se necessário rever, de fato, a política nessa área. As desonerações no setor de produção/comércio de automóveis e de combustíveis vão na "contramão" do que o setor de   Mobilidade Urbana necessita. Dizer que vai investir em Transporte Público e incentivar o uso do automóvel é um contra-senso. São faces opostas de uma mesma moeda. É preciso rever essa "política". Quanto mais se investe na indústria automobilística, mais carros vão "competir" por espaços nas nossas já "apertadas" vias.

Seriam medidas fáceis? Logico que não. Mas ao meu ver Dilma começa a perder a eleição não só pelo protesto nas ruas, mas pelo "fogo amigo" que têm seus interesses, inclusive dentro do próprio PT, onde alas começam a imaginar que a única salvação do Partido seria a volta de Lula à Presidência.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

domingo, 23 de junho de 2013

IDEOLOGIA, EU QUERO UMA PRA VIVER!!!


Pois é. Eu que já levantei bandeiras, já fui pras ruas, combati com destemor, defendendo ideologias, inclusive as partidárias, hoje "Meu partido é um coração partido". Não sigo siglas. Mas sigo pessoas. E também as abomino, quando é o caso.

"E as ilusões estão todas perdidas". As ilusões de que minhas convicções partidárias eram corretas e superiores. Hoje não acredito mais nisso.

Eu que já fui "aquele garoto que queria mudar o mundo", mudei. Hoje sou um quarentão. Mas ainda quero mudar o mundo. Ainda quero um mundo melhor.

Alguns dos "meus heróis morreram de overdose". Outros assassinados.

Não posso dizer que "meus inimigos estão no poder". Até porque não tenho inimigos. Eu acho. Mas tem gente no poder que se comporta como inimigos. Não meus, mas de toda a Sociedade.

As rádios hoje "não tem nenhum rock´n´roll". Mas continuo gostando de Rock. Assim como continuo querendo um mundo mais justo.

Eu, que não sou mais garoto, poderia ser alguém que "assiste a tudo em cima do muro". Mas não sou. Posso não ganhar às ruas protestando, mas continuo querendo mudar o mundo.

Mas as ações podem ser de diversas formas. E se ainda digo que  "Ideologia, eu quero uma pra viver" é porque ainda creio que temos que acreditar em um mundo melhor, mais justo e com menos desigualdades.


Hoje acordei com a música de Cazuza na cabeça. De repente me vi escrevendo. Fico entusiasmado em ver jovens indo "à luta", protestando contra as mazelas de uma sociedade injusta e cheia de falhas. Fora a minoria que prega e faz a violência, talvez fora do contexto dos manifestantes, entendo que os que foram às ruas já têm o seu papel na história.

Mas a sociedade não se faz apenas por protestos. A Sociedade precisa fazer o ALGO MAIS. Ano que vem é ano de eleição, é o momento de limpar o que de podre há na política, nos cargos eletivos, que NÓS escolheremos.

Acredito na participação da Sociedade também, através da participação nos espaços existentes tais como fóruns, comitês, associações e até mesmo nas redes sociais, que comprovadamente têm seu papel hoje. E quando não existirem esses espaços, que saibamos ter a inteligência para abri-los.

E lembrar ainda que podemos começar a mudança em nós mesmos. Não sermos coniventes ou participantes da corrupção. Não sermos responsáveis pela utilização do "jeitinho brasileiro" para resolver nossos problemas. Participarmos ativamente, sem pré-conceitos das questões políticas. Não vendermos nosso voto. Enfim, não termos posturas e condutas individualistas, mas pensando no bem comum.

Nós temos papel relevante na Sociedade. A Sociedade somos nós!!!